Apesar de Marte estar em pauta neste momento, uma equipe de cientistas da NASA já sonhavam com um conceito inovador que eventualmente poderiam levar nós no futuro ocupando permanentemente a atmosfera de Vênus, ou seja nada mais nada menos que uma cidade flutuante de nuvem.
Todo mundo quer enviar humanos até Marte; isto tem sido o próximo passo lógico por algum tempo, principalmente devido às suas características similares à Terra. Nossa química da atmosfera é mais próxima da de Marte, entre todos os planetas em nosso sistema solar, e atemperatura média de lá não é impossivelmente fria (-63ºC). Além disso, assim como a Terra, Marte também possui grandes calotas polares, as quais acredita-se serem compostas predominantemente de água gelada.
Mas a questão é: e Vênus o nosso vizinho mais próximo? Vênus é na verdade muito semelhante à Terra. Tanto é, que geralmente é descrita frequentemente como irmão gêmeo da Terra. Os dois planetas são similares em características como: tamanho, massa, densidade, gravidade e composição. Então por que ainda não houve tentativas para enviar humanos lá? Bem, provavelmente tem a ver com o fato de que lá é um inferno.
Acredite, Vênus é o planeta mais quente do sistema solar, com temperaturas superficiais atingindo a 482 °C (870fahrenheit) — isso é quente o suficiente para derreter chumbo. Ele tem uma atmosfera muito densa, com nuvens de ácido sulfúrico tóxicas, e sua pressão de superfície é altíssima, em torno de 90 vezes maior que do nosso planeta.
Então, a superfície de Vênus é praticamente uma zona proibida. Mas que tal fixar residência em sua atmosfera? É o que a NASA vai pensar de qualquer forma, e seu centro de pesquisa de Langley já começaram a apresentar algumas idéias interessantes para uma potencial missão futura.
Chamada Conceito Operacional Vênus de Grande Altitude(caos), o programa evolucionário é composto de uma série de iniciativas que começariam através do envio de robôs até a atmosfera do planeta, a fim de ‘testar as águas’, seguido de uma missão orbital tripulada de trinta dias. Se tiver sucesso, a próxima missão seria tripulada e com a duração de 30 dias dentro da atmosfera de Vênus, finalmente levando os humanos a despenderem um ano por lá, ou talvez até mesmo estabelecendo uma presença permanente numa ‘cidade’ flutuante.
O que isso diferencia de outras missões espaciais é a engenharia que a NASA tem sonhado, dirigíveis cheios de hélio, alimentado por energia solar. Conforme descritas pela IEEE, a versão robótica teria 31 metros de comprimento, enquanto o veículo tripulado seria quase 130 metros de comprimento. A parte superior poderia seria decorada com painéis solares, uma gôndola seria construída na parte inferior para os instrumentos e, no veículo tripulado, haveria uma habitat para humanos e uma elevação robotizada que os astronautas usariam para entrar na órbita de Vênus e retornar à Terra.
Os navios flutuariam a 50 quilômetros (31 milhas) acima da superfície do planeta. Lá, haveria apenas uma atmosfera de pressão e a temperatura seria um razoável 75°C. E também haveria ampla energia solar para se alimentar, muito mais do que em Marte e exposição radiativa seria em torno a mesma se você estivesse no Canadá.
Tudo isto parece ótimo no papel, mas existem alguns obstáculos sérios que precisam ser superados. Eles precisam resolver o problema de como enviar as naves, que teriam que ser desatadas e infladas com gás. Eles também precisam descobrir uma forma plausível de enviar os humanos até as naves, e trazê-los de volta para a casa. Muitos outros estudos ainda precisam ser feitos, mas mesmo assim o projeto é empolgante. [Nasa]